Doença de Lyme

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Embora seja uma doença comum em áreas rurais norte-americanas, há muitos casos relatados da Doença de Lyme – ou Borreliose – no Brasil. Ainda que ambas sejam transmitidas pela picada de carrapatos, a bactéria causadora da infecção sofreu mutações para se adaptar ao carrapato estrela, comum em animais rurais em nosso país. Nesta semana, trouxemos respostas para as principais dúvidas sobre a doença que atraiu as atenções do mundo depois de ter contaminado o cantor Justin Bieber. Confira:

1- O que é a Doença de Lyme?

A doença, chamada assim por ter seus primeiros casos registrados na cidade de Lyme, nos EUA, é uma infecção causada por uma bactéria. Por muito tempo a doença foi confundida com artrite, porque os sintomas principais incluem inchaço e dores articulares. Em 1977 a doença foi descoberta após um surto que afetou especialmente os adolescentes, chamando a atenção das autoridades médicas.

2- O que causa Lyme?

A causa da doença é uma bactéria chamada Borrelia burgdorferi, transmitida para o ser humano pela picada do carrapato contaminado – no Brasil, comumente transmitida pelo carrapato-estrela. A doença só é transmitida após, no mínimo, 36 horas de presença do carrapato no hospedeiro, por isso é fundamental detectar a presença do parasita o quanto antes. Uma vez na corrente sanguínea, a bactéria se espalha pelo corpo causando a infecção.

3- Fatores de risco

Estão mais propensos a contaminação pessoas que convivem com animais, em especial em áreas rurais, onde a incidência de carrapatos potencialmente contaminados é maior. Contudo, a doença de Lyme é mais recorrente nos Estados Unidos e na Europa ocidental; quer dizer que se você pretende viajar para esses lugares, em especial durante o verão, é preciso redobrar a atenção. Caso encontre um parasita, é importante procurar ajuda do serviço de saúde para removê-lo com segurança.

4- Sintomas

Estão entre os sintomas da Doença de Lyme as dores articulares agudas, que desaparecem subitamente, sintomas gripais – incluindo febre – e uma marca vermelha característica em formato de alvo. A doença pode evoluir para quadros de arritmia e meningite, em casos mais graves.

5- Tratamento

O tratamento é feito com o uso de antibióticos específicos e medicamentos de combate aos sintomas, sendo fundamental iniciá-lo o mais cedo possível. Como alguns pacientes apresentam sintomas após a cura, pode ser necessário realizar tratamento progressivo de controle de sintomas que permanecerem após o antibiótico.

 

Covid-19: tudo que você ainda precisa saber

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Em 2019 a pandemia do novo coronavírus, causador da covid-19, estampou as capas de jornais em todo o mundo. O coronavírus, um tipo de germe já conhecido pela medicina, surgiu com uma mutação que o tornou mais contagioso e mais severo.Com a pandemia de covid-19 próxima de sua terceira onda no Brasil, é importante evitar as fake news e, pensando nisso, decidimos criar esse artigo com as principais perguntas e respostas sobre o vírus, sua transmissão e prevenção. Confira abaixo algumas orientações:

O que é o coronavírus (Sars-CoV2)?

Trata-se de uma nova variante do coronavírus, denominada Sars-CoV2, até então não identificada em humanos. Até o aparecimento do Sars-CoV2, existiam apenas seis cepas conhecidas capazes de infectar humanos, incluindo o SARS-CoV e MERS-CoV, que já foram responsáveis por epidemias anteriormente.

Qual a origem do surto?

A origem do surto, segundo a OMS, foi provavelmente a cidade de Wuhan, na China. Acredita-se que a fonte primária do vírus seja em um mercado de frutos do mar e animais vivos na cidade e, após vasta análise do material genético do coronavírus, foi descartada a possibilidade de que o germe tenha sido modificado em laboratório.

Há transmissão sustentada do novo coronavírus?

Sim, o coronavírus possui transmissão sustentada em todos os continentes, sendo facilmente transmitido entre humanos por aerossóis, ou seja, gotículas de muco ou saliva que se dissipam no ar enquanto falamos, respiramos, rimos, espirramos, tossimos etc. 

Como ocorre o contágio e qual é a gravidade do novo coronavírus?

O Sars-CoV-2 é um vírus de transmissão preferencialmente aérea, altamente contagioso, podendo também ser transmitido (embora em menor frequência) por superfícies contaminadas. A doença causada pela contaminação, chamada de covid-19, é especialmente perigosa para pessoas do grupo de risco (idosos, diabéticos, doentes cardíacos ou pulmonares, gestantes e puérperas); a doença é sistêmica e, embora tenha preferência por atacar os pulmões, pode acometer diversos órgãos simultaneamente, podendo levar à morte em poucos dias com a queda de oxigenação e queda da atividade de diversos órgãos.

Existe tratamento para covid-19?

O tratamento reconhecidamente eficaz para covid-19 envolve suavizar sintomas, como febre, dores e conter a baixa saturação de oxigênio. Em casos graves, pode ser necessário utilizar respiração mecânica (entubação) e hemodiálise, além de oxigenação por membrana extracorpórea em casos onde o pulmão não é mais capaz de oxigenar o sangue.

Ainda não há remédios comprovados capazes de evitar ou de eliminar a doença.

Existe vacina para a covid-19?

Sim, há vacina e até o momento é a única forma de evitar casos graves da doença. No Brasil a vacina é aplicada pelo Sistema Único de Saúde, com comercialização proibida e possui estratégias diferentes entre os diversos fabricantes, variando a quantidade de doses e o tempo entre doses para a completa imunização.

 

Saúde Ocular na Infância

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Mamães e papais, apertem os cintos! Vocês estão prestes a entrar a viagem mais impressionante da vida de vocês. Nada daqui para frente será igual ao que vocês já experimentaram; a vida que está por vir transformará seus dias, mudará suas rotinas e te farão uma pessoa melhor, mais comedida, madura e amorosa. Sim, seu bebê será capaz de mostrar a vocês o que é amor verdadeiro.

Abaixo respondo algumas perguntas e dúvidas que recebo na minha rotina de trabalho. Espero poder ajudar e, caso tenham dúvidas, deixem sua pergunta que tentarei ajudar da melhor forma possível.

1- Por que é tão importante cuidar dos olhos já na primeira infância?

Nossos bebês vêm ao mundo de uma forma ainda imatura, vários órgãos precisam “amadurecer” nos primeiros anos de vida, e o olho é um deles. Nossa retina está recebendo luz pela primeira vez em 9 meses. Vivíamos em um mundo escuro, silencioso e quente e agora estamos do lado de fora, convivendo com barulho, frio e luz, muita luz!

Nesse momento, a retina começa a trabalhar, começa a receber o estímulo necessário para que ela transmita ao cérebro a imagem e que ele comece a entender e associar cada pontinho de informação que recebe.

Os três primeiros anos da vida do bebê significam muito para o amadurecimento da retina; o bebê precisa ter os olhos funcionando muito bem, levando a luz para a retina e formando a imagem com a melhor qualidade possível, somente assim, olho, retina e cérebro entenderão o que recebem e começarão a traduzir isso em uma linda imagem.

Não se preocupem se nos primeiros dias de vida o teu bebê não focaliza nada e na maior parte do tempo tem um olhar “perdido”. Nesse momento ele não é capaz de ver nada, acompanhar nada e nem interagir corretamente, tudo é novidade, ele ainda precisará aprender.

A importância dos exames já no berçário, como o teste do olhinho, aos 6 meses no consultório oftalmológico, é exatamente pelo fato de que, neste momento, precisamos ter certeza de que tudo esteja funcionando perfeitamente para que o desenvolvimento ocorra em sua plenitude.

2- Qual é a importância do Teste do Olhinho?

Vejam como a SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria) e o CBO (Conselho Brasileiro de Oftalmologia) se posicionam sobre o Teste do Olhinho: “É um exame simples, rápido e indolor, que consiste na identificação de um reflexo vermelho, que aparece quando um feixe de luz ilumina o olho do bebê. O fenômeno é semelhante ao observado nas fotografias.” (…) O “Teste do Olhinho” pode detectar qualquer alteração que cause obstrução no eixo visual, como catarata, glaucoma congênito e outros problemas – cuja identificação precoce pode possibilitar o tratamento no tempo certo e o desenvolvimento normal da visão.”

3- Quais são os principais problemas oculares em crianças?

O Estrabismo, a Ambliopia (vista cansada), o Glaucoma congênito, a Miopia, a Hipermetropia, o Astigmatismo, a Catarata congênita e o Retinoblastoma são alguns dos “problemas” que podem ser diagnosticados em uma consulta com o oftalmologista, já no início da vida do bebê; se corrigidos, possibilitarão um desenvolvimento adequado para a visão do bebê.

4- É mais fácil tratar doenças oftalmológicas em crianças?

A questão não é a facilidade. Ocorre que existem alterações oftalmológicas que precisam ser corrigidas dentro da janela de desenvolvimento do olho da criança, ou seja, até aproximadamente 5 anos. Após esse período é muito difícil que tenhamos alguma resposta satisfatória.

5- Quais sinais são indicativos de doenças oftalmológicas? Alguma sugestão para mães e pais?

Há uma tabela usada para identificar o desenvolvimento da visão na infância. Confira abaixo:

Glaucoma: sintomas, diagnóstico e tratamento.

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O Glaucoma é a principal causa de cegueira irreversível no mundo e atinge milhares de pessoas. Apesar disso, é possível diagnosticar a tratar o glaucoma antes que ele se torne um problema grave. Conversamos com o nosso oftalmologista Dr. Felipe Galdino Campos sobre o diagnóstico e o tratamento. Confira:

1- O que é Glaucoma?
Glaucoma é uma alteração da estrutura do nervo óptico (NO).

2- O que é o NO?
O olho está localizado na órbita, estrutura óssea que contém o globo ocular. A retina, fina membrana que recobre a parte interna do globo ocular (olho) é responsável pela captação da informação luminosa (imagem) e transmissão dessa informação para o cérebro, através do NO. Então, o nervo óptico é a estrutura que faz a ligação entre o olho e o cérebro. 

No glaucoma, seja ele de pressão normal ou pressão elevada, esse elo de comunicação entre o olho e o cérebro se danifica, impedindo que seja feita a transmissão da informação de forma adequada. A principal causa de glaucoma é a pressão intraocular (PIO) elevada e é por essa razão que foi incorporado ao exame oftalmológico de rotina. 

3- Quais são os riscos do glaucoma para a visão?
O glaucoma é uma doença silenciosa e perigosa deixando milhares de pessoas cegas todos os anos. É uma doença altamente incapacitante, mas possível de controlar.

4- Como é feito o diagnóstico?
O diagnóstico do glaucoma é sempre um desafio para o oftalmologista e, algumas vezes, pode levar algum tempo para ser fechado. Isso ocorre porque a lesão do NO se dá lentamente e os sintomas somente aparecem no estágio final da doença, onde pouco podemos fazer. A importância de consultas regulares, de realizar e GUARDAR os exames complementares e seguir a recomendação médica é enorme. O tempo de evolução é muito importante no fechamento do diagnóstico.

Se você está sendo investigado ou se você tem recomendações de retornos periódicos não deixe de ir às consultas e nem de guardar os exames realizados; o seu passado, no caso do glaucoma, é muito mais importante do que o presente.

5- É possível controlar o glaucoma?
Sim, é possível. Temos um grande arsenal de medicações para o controle da pressão.  Existem exames complementares de alta tecnologia para o acompanhamento e diagnóstico e, nos casos mais avançados, a cirurgia.

Uma mensagem final é que, se você já teve diagnóstico de glaucoma ou apenas uma suspeita, escute o seu oftalmologista, use os medicamentos e guarde os exames. Glaucoma é um problema crônico como a diabetes, a pressão arterial elevada e o hipo/hipertireoidismo precisa de acompanhamento e tratamento por toda a vida.

 

Oftalmologia

Dr. Felipe Galdino M. Campos

CRM 52.81148-3

Tudo o que você precisa saber sobre Gastroenterite

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Dores abdominais, diarréia, anorexia, vômitos e uma série de outros sintomas fazem parte
do processo inflamatório chamado Gastroenterite. Esse problema, geralmente decorrente
de uma infecção, precisa ser acompanhado de perto, desde os primeiros sintomas, porque
está associado a quadros de desidratação e, em situações mais graves, hemorragias.
Confira abaixo algumas perguntas e respostas que esclarecem o diagnóstico, tratamento e
prevenção da gastroenterite.

1- O que causa a gastroenterite?
A Gastroenterite pode ser causada por uma série de fatores. As mais comuns são causadas
por vírus, como o rotavírus, que atingem principalmente crianças e pessoas com
imunodeficiências. Apesar disso, infecções bacterianas também são causadoras comuns,
que podem gerar o processo inflamatório, muitas vezes relacionado à imunidade do próprio
paciente e ao autocontrole da microbiota intestinal. Parasitas também estão entre as causas
e, essa variedade de patógenos torna o diagnóstico mais complexo. Outra possibilidade é
que a inflamação evolua após o consumo de medicações ou toxinas, embora estes casos
sejam mais raros.

2- Como ocorre a transmissão?
A transmissão ocorre de forma específica em cada caso. Em infecções virais, como do
rotavírus, que é altamente contagioso, a contaminação acontece via oro-fecal, ou seja, o
contato com as secreções oriundas da infecção e o trato gastrointestinal de quem está
saudável pode determinar o contágio. Em bactérias é muito comum que a contaminação
aconteça após a ingestão de alimentos contaminados; outros casos estão associados ao
descontrole da microbiota intestinal. Os parasitas, por sua vez, são transmitidos no
consumo de água contaminada ou no contato interpessoal.

3- Quais são os principais sintomas?
Os principais sintomas, que alcançam o espectro das contaminações virais, bacterianas e
parasitárias, são as dores abdominais, como a cólica aguda, vômito, anorexia (falta de
apetite), quadro de desidratação, diarréia aguda.; eventualmente podem ocorrer dores de
cabeça e febre.

4- Quais são os cuidados para prevenir a gastroenterite?
A prevenção depende a identificação do patógeno. As orientações gerais são consumir
apenas água filtrada e alimentos com procedência verificada, dentro da validade e
devidamente higienizados. Evite contato direto com fluidos de paciente já diagnosticado e
nunca faça automedicação. Neste caso, em especial, evita que você promova
gastroenterites de origem medicamentosas. Em geral, hábitos adequados de higiene já
minimizam bastante as chances de contaminação.

Fonte: SUS – Saúde de A a Z

É Bom Saber: Estrabismo

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O estrabismo é um problema que afeta não apenas a visão do portador, mas o bem-estar e a sua socialização. O estrabismo pode surgir em várias fases da vida, desde os primeiros meses, e se estende por toda a vida se não for tratado. Consultamos o nosso oftalmologista Dr. Felipe Galdino M. Campos sobre o estrabismo, seu diagnóstico e tratamento. Confira:

1- O que é o estrabismo?

Estrabismo é o desalinhamento dos olhos em qualquer direção.  Os mais comuns são os desvios “para fora” – as eXoforias ou eXotropias (XTs) e os desvios “para dentro” – as eSoforias ou eSotropias (ETs)– também conhecidas com endotropias ou endoforias.

Popularmente conhecemos o estrabismo como sendo o “vesgo” o “caolho” ou olho torto e tem alta possibilidade de trazer seqüelas visuais e psicológicas se não tratado adequadamente e na idade correta.

Não existe estrabismo “normal”. Todo o desvio deve ser avaliado por um médico oftalmologista que esteja familiarizado com as alterações e causas possíveis desses desvios para poder orientar o paciente sobre o melhor tratamento.

2- O que causa o estrabismo?

O correto posicionamento do olho se dá logo nos primeiros meses de vida, quando a criança começa a melhorar a acuidade visual e a entender que os dois olhos trabalham em conjuntos. Esse alinhamento correto faz com que entendamos a profundidade (estereopsia) e que consigamos o desenvolvimento adequado da visão nos dois olhos dando aos dois olhos acuidade visual semelhante/igual.

Qualquer mecanismo que impeça esse desenvolvimento adequadamente pode levar a um desvio ocular. Catarata congênita. Diferenças de grau (principalmente as altas hipermetropias). Opacidades da córnea. Alterações na retina. São exemplos de patologias que dificultam a formação da imagem adequadamente na retina e impede o desenvolvimento adequado da visão levando ao estrabismo.

Há ainda as causas não relacionadas ao olho e nem a acuidade visual como: traumatismo cranianos. Traumas de face. Tumores cerebrais. Tumores na órbita. Cirurgias. São patologias e entidades que podem interferir na inervação dos músculos interrompendo ou diminuindo a força fazendo com que o olho adote uma posição descentralizada.

Existe ainda as causas metabólicas como a Diabetes e causas neurológicas que altera a musculatura do olho fazendo com que ele perca a função ou se enfraqueça. 

3- É possível prevenir o estrabismo?

Dependendo da causa do estrabismo, como por exemplo os ocasionados nos hipermétropes, a simples correção do grau pode fazer com que o paciente não venha a ter estrabismo. Ou então os estrabismos ocasionados pelo diabetes, a simples correção dos níveis de açúcar no organismo pode fazer com que o paciente não venha a ter nenhum desvio.

Entretanto, a maior parte dos estrabismos são tratáveis e não é possível prevenir.

4- Quais são os tratamentos disponíveis?

A correção do estrabismo pode ser feita da seguinte forma:

ÓCULOS – vários estrabismos são corrigidos apenas com a colocação de óculos. É muito importante que o diagnóstico e a abordagem sejam feitos antes dos 5 anos de vida do paciente, período esse que há uma plasticidade ocular e uma maior possibilidade de alterar e ajustar a visão do paciente.

CIRURGIA – podemos corrigir o desvio através de procedimento cirúrgico. Geralmente está indicado nos casos onde a correção de óculos não é uma opção.

Atendo diariamente pacientes de várias idades querendo corrigir o desvio e me entristeço quando vejo que poderia ter sido feito muito mais pelo paciente do que apenas a correção cirúrgica – estética. Gostaria de transmitir a vocês, Papais e Mamães, que NENHUM estrabismo é normal. Não existe desvio normal e nem esperar a idade adulta para tratar. O desvio ocular é apenas a ponta de um iceberg e precisa ser investigado e tratado da forma correta para que possamos restabelecer a visão correta ao paciente.

Oftalmologia
Dr. Felipe Galdino M. Campos
CRM 52.81148-3

 

Conjuntivite: causa, sintomas e prevenção.

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Os nossos olhos estão entre os órgão mais sensíveis do corpo, isso porque estão sempre muito expostos aos agentes externos, como vírus e bactérias. Um dos problemas mais comuns oriundos dessa exposição é a conjuntivite, muito comum no verão e que atinge de crianças a adultos. Nesta semana conversamos com o nosso oftalmologista Dr. Felipe Galdino, que falou mais a respeito da doença. Confira:

1- O que é a conjuntivite?

Por definição, conjuntivite é qualquer inflamação na conjuntiva. A conjuntiva é um tecido transparente e vascularizado que reveste o interior da pálpebra e a parte anterior do globo ocular. Ela forma uma “bolsa” que limita a região anterior da órbita (onde o olho fica acomodado) da região posterior. Logo abaixo da conjuntiva temos outro tecido, mais elástico chamado tenon.

2- O que causa a conjuntivite?

Podemos classificar a conjuntivite de diversas maneiras: infecciosas e não infecciosas. Dentro do grupo das infecciosas podemos colocar as virais, que têm maior prevalência, ou seja, são mais comuns e estão bastante relacionadas com quadros de baixa imunidade como o “estado gripal”.

As bacterianas, com uma prevalência menor, são as mais comuns em crianças e têm como característica um quadro de secreção intensa; geralmente a criança acorda com os olhos “colados” e durante o dia precisa fazer a higienização por diversas vezes. Podemos ainda incluir no grupo das infecciosas as fúngicas.

3- Por que é mais comum no verão?

No verão, as idas à praia, piscina e longos períodos em ambientes fechados com ar condicionado favorecem a disseminação do patógeno, seja vírus ou bactéria. Nessa época do ano podemos observar um aumento no número de caso de conjuntivite e uma superlotação de nossas emergências.

4- Como se dá o contágio?

A grande dúvida dos meus pacientes é se eles podem “passar” a doença para as pessoas em casa, como filhos, pais e avós; a resposta é sim! Principalmente a conjuntivite viral, que é uma bastante contagiosa. O contágio se dá de forma direta, ou seja, uma pessoa contaminada acaba “espalhando” o vírus para outras pessoas que estão no mesmo ambiente. Tossir, espirrar ou tocar pode espalhar a infecção.

5- Como prevenir a conjuntivite?

A prevenção é basicamente isolar a pessoa com conjuntivite e manter a higiene rigorosamente. Mãos sujas que possam ir ao olho, uso de toalhas e travesseiros compartilhados com alguém com conjuntivite, assim como o simples ato de abrir uma porta pode fazer com que uma pessoa saudável fique com conjuntivite. Se você estiver no mesmo local que uma pessoa com conjuntivite ou então se você estiver com conjuntivite, atenção aos tópicos a seguir:

• Lavar as mãos com frequência;
• Não colocar as mãos nos olho;
• Evitar coçar os olhos para diminuir a irritação da região;
• Lavar as mãos antes e depois da aplicação do medicamento;
• Não encostar o frasco do medicamento nos olhos;
• Suspender o uso de lentes de contato;
• Separe toalhas e travesseiros;

A conjuntivite, na sua maioria, é autolimitada, ou seja, você ficará bom independente do tratamento proposto. Os sintomas poderão ser aliviados com compressa gelada. É muito importante que se mantenha a calma e a tranquilidade; algumas vezes a conjuntivite pode levar mais do que 1 mês para ser tratada e algumas vezes precisa ser reavaliada periodicamente para que seja removida a membrana inflamatória que se forma. Não é raro o paciente que se queixar de visão embaçada e isso se dá por pequenos depósitos inflamatórios na córnea, podendo levar até 6 meses para que a visão se restabeleça plenamente.

Oftalmologia
Dr. Felipe Galdino M. Campos
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É Bom Saber: Síndrome do Coração de Atleta

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Ter uma vida longa e saudável depende de alguns fatores importantes, como cuidados com a alimentação, o bem estar e, principalmente, com o coração. Quem pratica atividades físicas regulares, percebe os benefícios da prática e, naturalmente, com o tempo alguns podem adquirir um gosto por exercícios de alto desempenho, como corrida e ciclismo. 

Pessoas que praticam atividades físicas com intensidade elevada e com frequência tendem a sentir mais os impactos que a prática de exercícios pode proporcionar, como o aumento do coração. Pode parecer preocupante, mas esse reajuste nas dimensões padrões do órgão é apenas uma adaptação natural do coração à realidade da prática esportiva. 

A essa modificação chamamos Bradicardia ou Síndrome do Coração de Atleta, que não é propriamente uma doença, mas uma série de alterações no funcionamento do órgão, como em seu tamanho e estrutura. Algumas dessas alterações são o aumento das câmaras internas e da espessura dos ventrículos, o que diminui a frequência cardíaca, como resultado do aumento da eficiência do coração.

A Bradicardia é o fenômeno que indica uma anomalia na frequência cardíaca, resultado da prática intensa de exercícios, onde os batimentos cardíacos podem aparecer em frequências menores do que 60 batimentos por minuto, o que para uma pessoa sedentária é um indicador de disfunções perigosas e ineficiência cardíaca, mas em um atleta, pode significar apenas o aumento do desempenho cardíaco em repouso. 

Na maior parte dos diagnósticos, nenhum tratamento é necessário, porque a síndrome é um quadro inofensivo para o paciente; entretanto, quem pratica atividades físicas de qualquer natureza, em especial as aeróbicas de alto desempenho, precisa fazer o acompanhamento permanentemente com um médico cardiologista, a fim de diagnosticar e prevenir outras patologias que possam surgir com o tempo.

Se você vai começar a praticar atividades físicas regulares, é fundamental passar por diagnóstico de um cardiologista antes de ingressar em uma academia ou grupo de exercícios.

Agende a sua consulta hoje mesmo.

Fonte: Portal São Francisco

Cinco dicas para combater a obesidade

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A obesidade é uma doença que atinge, atualmente, cerca de 19% da população brasileira e aponta potencial aumento já nos próximos anos. O problema se tornou uma das principais questões de saúde pública em todo o mundo e tem sido alvo de debates sobre a prevenção de doenças associadas, como as coronarianas, já que pessoas obesas têm mais chances de desenvolver problemas cardíacos.

O esforço realizado pelo coração para exercer a sua atividade diária é muito maior em pacientes obesos, já que eles costumam apresentar acúmulo de células gordurosas na corrente sanguínea, o que dificulta o trabalho do órgão. Para combater a obesidade, algumas práticas devem ser levadas em consideração. São elas:

1- Tenha uma dieta equilibrada, baseada em vegetais e proteínas com baixa concentração de gorduras – Peixes, frango e ovos são excelentes fontes proteicas. Refrigerantes, frituras, doces e sucos prontos são sempre péssimas opções.

2- Evite ou remova alimentos ultraprocessados da sua dieta. De acordo com o Guia Alimentar para a População Brasileira, produzido pelo Ministério da Saúde, esses alimentos são potencialmente nocivos por conterem, em um panorama geral, altas taxas de gordura e sódio, além de substâncias sintéticas.

3- A prática de atividades físicas é recomendada para qualquer pessoa queira ter uma vida mais saudável, mas é especialmente indicada para a prevenção da obesidade. Além do gasto calórico, que eleva a perda de peso, os exercícios regulares contribuem para o bom funcionamento do coração.

4- Faça visitas regulares aos especialistas das áreas de cardiologia, nutrição e endocrinologia. Estas são áreas diretamente relacionadas à obesidade e esses profissionais poderão indicar dietas e práticas específicas para cada indivíduo, otimizando os resultados do paciente.

5- Combata a depressão e a ansiedade. Doenças psicológicas também estão relacionadas ao ganho de peso na maior parte dos indivíduos obesos, além de agravar problemas cardíacos. Ter uma mente saudável também contribui para evitar os excessos e para melhorar a relação do paciente com a comida.

Fonte: http://bit.ly/2nkBLT4

8 dicas para evitar problemas intestinais enquanto viaja

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Viajar pode ser algo estressante para seu corpo e mente, contudo, essas dicas podem ajudar você a manter um intestino saudável enquanto viaja. Dores de estômago e problemas de digestão necessitam de bastante atenção, porque podem transformar uma viagem divertida em uma grande dor de cabeça.

Viajar pode ser algo muito imprevisível. Talvez você não tenha sua dieta normal ao alcance, talvez você coma mais em restaurantes e em lugares novos onde comidas que você nunca provou são servidas – Isso inclui comidas processadas como as dos famosos ‘Fast foods’. É normal que, nessas condições, você acabe comendo mais do que o normal e isso pode causar mais “estresse” no seu sistema digestivo. Além disso, viajar de carro, avião ou de outro meio estressa, não só seu sistema digestivo, mas seu corpo todo, diminuindo suas defesas.

Todos esses fatores podem deixar seu corpo mais suscetível a problemas gastrointestinais enquanto viaja. Você pode acabar sofrendo de diarréia, constipação intestinal, azia, náusea, distensão abdominal e gases. Mas ninguém quer perder tempo da viagem lidando com problemas de digestão, então, você pode seguir as seguintes dicar e evitá-los:

1- Não coma demais

Grande parte da diversão de viajar é provar comidas novas em novos restaurantes; entretanto, comer demais pode causar muitos problemas. Pesquisas descobriram que pessoas que comem demasiado têm 10 vezes mais a chance de necessitar atendimento emergencial ligado a complicações gastrointestinais.

2- Coma bastante fibra

Nutricionistas afirmam que, para manter seu movimento intestinal regular, é necessário que você ingira a mesma quantidade de fibras que você ingeriria em casa. As melhores fontes de fibras incluem frutas, vegetais, sementes, nozes, grãos integrais e feijão.

Tente comer só vegetais cozidos e frutas descascadas, isso irá reduzir os riscos de doenças transmitidas por alimentos. A principal razão para a constipação intestinal em viagens é a falta de fibras adequadas.

Diminua o consumo de comidas processadas. Leve lanches saudáveis para comer ou compre eles nos mercados locais. Lembres-se de incluir o máximo de alimentos integrais possíveis, mesmo que você esteja comendo fora.

3- Beba muita água

Beber bastante água e necessário durante uma viagem, já que uma das maiores causas da constipação intestinal é a desidratação.

Entretanto, descubra se a água é própria para consumo, se você não tiver certeza, só beba água engarrafada. Evite também o gelo em lugares nos quais a água não é própria para consumo. Água contaminada pode estressar o intestino.

4- Escolha suas bebidas com cautela

Beber bebidas com muito açúcar, café e álcool pode irritar o sistema gastrointestinal, especialmente em pessoas com o estômago sensível.

Café e álcool podem acelerar a digestão, levando o intestino a ter menos tempo para absorver água, causando diarréia.

5- Faça compras em lojas locais

Uma maneira de dar um descanso ao seu estômago, de toda a comida ingerida por você, é comprar comida fresca de mercados locais e cozinhar no seu hotel ou resort. Essa é uma ótima maneira de aprender outra cultura, guardar dinheiro, e dar uma pausa de jantar fora.

6- Vá ao banheiro

Usar um banheiro público ou em um quarto de hotel dividido pode ser algo muito desconfortável, entretanto, você não pode ignorar a sua vontade de ir ao banheiro.

7- Lave suas mãos constantemente e use álcool gel

Antes de comer, lave suas mãos com água quente ou fria e sabão para evitar doenças. Veja como:

1. Junte suas mãos e aplique sabão fazendo bastante espuma no processo

2. Esfregue suas mãos uma na outra por no mínimo 20 segundos, limpe todas as partes das suas mãos incluindo a parte de trás, entre os dedos e embaixo das unhas

3. Limpe seu pulso

4. Enxágue

5. Seque suas mãos com uma toalha de papel

6. Use a mesma toalha para fechar ou abrir a torneira e a porta do banheiro

8- Leve medicamentos

Leve medicações que já esteja habituado a tomar. Em caso de dúvidas, é necessário consultar seu clínico para melhor orientação.

Não esqueça de levar a receita médica em inglês, com o nome comercial, nome genérico e a quantidade de caixas – inclusive as medicações que não necessitem prescrição controlada – caso contrário, você poderá ter a medicação confiscada na alfândega.

Caso o seu médico indique um antibiótico, não faça uso antes de consultar o profissional local, ou você estará se automedicando.

FONTE: HealthLine