
Durante os períodos mais quentes e chuvosos do ano, é comum o aumento nos registros de dengue em várias regiões do país. A doença viral, transmitida pelo mosquito Aedes aegypti, exige atenção e prevenção constante, especialmente em áreas urbanas.
O que é Dengue
A dengue é uma infecção causada por um dos quatro tipos do vírus dengue (DENV-1 a DENV-4). A transmissão ocorre exclusivamente pela picada do mosquito Aedes aegypti, que se reproduz em locais com água limpa e parada. A doença pode se apresentar com sintomas leves ou moderados e, em casos menos frequentes, evoluir para formas que exigem acompanhamento médico mais próximo.
Causas
A dengue é causada por quatro tipos do vírus dengue (DENV-1 a DENV-4), todos transmitidos pela fêmea do Aedes aegypti. Esse mosquito encontra condições ideais para se reproduzir em locais com água limpa e parada.
Alguns fatores que favorecem a proliferação do mosquito:
• Acúmulo de água em recipientes destampados, como vasos e baldes;
• Pneus e garrafas expostos à chuva;
• Calhas ou caixas d’água mal vedadas;
• Clima quente e úmido, típico de muitas regiões do Brasil.
É importante lembrar que a transmissão da dengue ocorre exclusivamente por meio da picada do mosquito infectado, não havendo contágio direto entre pessoas.
Sintomas
A maioria dos casos de dengue é leve e se resolve com repouso, hidratação e acompanhamento médico. Os sintomas costumam surgir de 4 a 10 dias após a picada do mosquito.
Sinais mais frequentes incluem:
• Febre moderada a alta;
• Dor de cabeça ou atrás dos olhos;
• Dores no corpo ou nas articulações;
• Manchas vermelhas na pele;
• Cansaço e indisposição;
• Náuseas leves.
É sempre recomendável procurar atendimento médico, especialmente ao perceber sintomas persistentes ou desconfortos maiores. Em alguns casos, o profissional pode solicitar exames complementares.
Diagnóstico
O diagnóstico da dengue é feito com base na história clínica e nos sintomas do paciente, sendo possível confirmar a infecção por meio de exames laboratoriais, como:
• Teste de antígeno NS1, mais indicado nos primeiros dias;
• Sorologia para IgM e IgG, que detectam resposta imunológica;
• Hemograma, que ajuda a acompanhar a evolução do quadro.
A orientação médica é essencial para determinar a conduta mais segura em cada caso.
Tratamento
O tratamento da dengue é voltado para o alívio dos sintomas e a hidratação adequada, que pode ser feita em casa com líquidos como água, sucos naturais e soro caseiro. O uso de medicamentos deve ser feito somente com orientação médica, evitando substâncias que possam interferir na coagulação do sangue, como o ácido acetilsalicílico.
Na maioria das vezes, o quadro é resolvido de forma tranquila, com recuperação completa em poucos dias.
Prognóstico
A dengue costuma evoluir bem quando identificada precocemente e acompanhada por profissionais de saúde. Mesmo nos casos que exigem atenção maior, o acompanhamento correto garante segurança e melhora na qualidade de vida durante a recuperação.
É importante reforçar que a grande maioria dos casos não evolui para formas graves, especialmente quando o cuidado é iniciado desde os primeiros sintomas.
Prevenção
A melhor maneira de evitar a dengue é prevenir a proliferação do mosquito transmissor. Algumas atitudes simples fazem toda a diferença:
• Tampar caixas d’água, tonéis e baldes;
• Evitar deixar água acumulada em vasos de plantas ou pneus;
• Manter calhas e ralos limpos;
• Utilizar telas de proteção em portas e janelas;
• Aplicar repelente, especialmente em áreas com maior incidência.
Desde 2024, o Brasil iniciou a vacinação com a Qdenga (TAK-003), aprovada pela Anvisa. Ela está disponível em algumas regiões e pode ser indicada para determinadas faixas etárias. Consulte seu médico para mais informações.
Conclusão
Manter-se informado, observar o ambiente ao redor e buscar orientação médica ao primeiro sinal de mal-estar são atitudes simples que fazem a diferença na prevenção da dengue.
Com cuidado, informação e atitudes conscientes, é possível proteger sua saúde e a de toda a família.
Comentários