Uma das principais causas de morte súbita no mundo, é também uma doença muito comum. A arritmia cardíaca apresenta alguns sintomas que servem como sinal de alerta para procurar um cardiologista, sendo fundamental perceber alguns detalhes do funcionamento cardíaco para compreender como a doença evolui e como ela pode levar ao óbito, caso não haja acompanhamento.
O coração humano funciona como uma bomba, que permite a circulação do sangue por todo o corpo, independente da posição em que ele se encontre. Para conseguir realizar a sua função corretamente, ele precisa principalmente de duas coisas: estímulo ritmado e energia.
A energia vem das artérias coronárias, que entregam o sangue que foi abastecido, no pulmão, com oxigênio, componente fundamental na produção de energia, funcionando como um combustível que vai fazer o coração bater.
O ritmo que o coração possui faz parte de uma complexa estrutura, que trabalha sem descanso para que o órgão não pare. A pulsação provém de estímulos elétricos, enviados pelo cérebro e, quando há algum problema nas “linhas de transmissão” destes estímulos, o coração pode perder o compasso, o que causa a arritmia.
A doença pode ser grave porque impacta diretamente no potencial de entrega do oxigênio para outros órgãos do corpo, levando a deficiências generalizadas no funcionamento do mesmo. Um problema comum para quem possui arritmia cardíaca, é a formação de trombos, que se agrava com o avanço da idade.
O diagnóstico da arritmia cardíaca pode ser feito através de exames como ecocardiograma, eletrocardiograma, estudo eletrofisiológico, Holter 24h etc. Esses exames podem ser utilizados em conjunto para melhorar a precisão do diagnóstico, além de levar em conta os eventos descritos pelo paciente e a análise clínica dos sintomas (caso o paciente seja atendido em crise).
Dentre os principais sintomas que indicam a possibilidade de arritmia estão falta de ar, dores no peito, excesso de suor, sensação de coração lento ou acelerado sem causa justificável, desmaio súbito, palpitações e tontura. Como os sinais da arritmia não são permanentes, o paciente pode apresentar várias crises até que o diagnóstico seja realizado.
O tratamento para arritmia cardíaca envolve, além do acompanhamento regular, o uso de algumas manobras para ajudar o coração a manter o ritmo ideal. Entre os tratamentos mais comuns estão a ablação por catéter, uma espécie de cauterização no tecido responsável pelo ritmo cardíaco, procedimento cirúrgico, marcapasso e medicações contínuas (há medicamentos para conter crises).
Na maioria dos casos a arritmia cardíaca pode ser prevenida por meio da prática regular de exercícios e pelo controle no consumo de alguns alimentos como cafés e chocolates. Vale lembrar que pessoas obesas têm maior chance de desenvolver arritmia cardíaca e, prevenir a obesidade pode ser um bom começo para prevenir, igualmente, a arritmia.
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