Que cuidados com a saúde, os cariocas e turistas devem ter no Carnaval?

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Nem pense “que cachaça é água, cachaça não é água, não.”. Aliás, “aproveita e bota a camisinha, bota, meu amor, hoje tá chovendo, não vai fazer calor.”.

Durante o Carnaval, até por meio das tradicionais marchinhas você é alertado sobre como proteger sua saúde – e de amigos, parentes, todos em volta.

Não é para menos. Principalmente o consumo exagerado do álcool, a prevenção de infecções sexualmente transmissíveis, quadros de desidratação e os acidentes de trânsito (muitas vezes provocados pela bebida) são mais preocupantes nesse período.

Mas, para aumentar seu repertório de cuidados e a sua segurança, a Clínica Galdino Campos preparou este artigo.

Continue aqui conosco e confira 10 dicas de como passar os 4 dias com muito riso, alegria e disposição.

 

10 dicas de como proteger a saúde na festa mais popular do país

  • “Já pintou o verão, calor no coração, a festa vai começar”

Sim, nosso último blog foi sobre os cuidados da saúde no verão. Como ainda estaremos nessa estação (o Carnaval este ano vai de 17 a 22 de fevereiro), vale a pena ver (ou rever) tudo que falamos por lá, com atenção especial aos itens da alimentação, do excesso de bebida, da insolação e dos perigos de contaminação de Covid-19 e outros vírus.

Aliás, esses pontos são tão importantes que comentaremos de novo por aqui acrescentando alguns detalhes que merecem destaque nesses dias de folia.

  • “Tá cheirando a sapoti”

No blog passado, comentamos que especialmente no verão é aconselhável:

  • trocar as refeições pesadas ou gordurosas pelas mais leves;

 

  • prestar mais atenção ao estado de conservação dos alimentos, que acabam estragando mais rapidamente.

No Carnaval, a gente acaba comendo mais na rua. Principalmente os turistas.

Não deixe de reparar se o estabelecimento que você escolheu:

  • está limpo;

 

  • tem licença da Vigilância Sanitária para operar (visível na parede);

 

  • mantém os alimentos em local apropriado e higienizado, não expostos diretamente ao sol, por exemplo;

 

  • tem profissionais uniformizados, com proteção no cabelo, unhas cortadas, sem machucados aparentes e com cuidados ao manipular as comidas para não contaminá-las (de preferência usando pegadores, nunca luvas);

 

  • serve garrafas de água mineral intactas e lacradas;

 

  • prepara as bebidas na hora, especialmente as de frutas;

 

  • usa gelos em formato de cubos, feitos com água filtrada.

E, claro, nunca, em qualquer hipótese, aceite comidas ou bebidas de pessoas estranhas (ou que você tenha acabado de conhecer) no meio da rua.

Além disso, mantenha suas mãos sempre limpas, principalmente após usar os banheiros.

  • “Eu bebo sem compromisso”

Além do que falamos acima, tem também o que publicamos no último blog: sobre tomar pelo menos 2 litros de água por dia ou mais, principalmente quando ingerir álcool.

Mas não custa reforçar essa informação para o Carnaval.

A desidratação e suas possíveis complicações são um ponto de atenção importante nessa época.

Afinal, além do calor e do suor, é comum que as pessoas excedam na cerveja, no chope, na vodka e na cachaça, por exemplo. E, diferente do que muitos imaginam, o álcool não hidrata. Faz justamente o oposto: acelera o processo de desidratação.

E mais um detalhe sobre os líquidos em geral: se possível, leve canudos ou lave as latinhas antes do consumo.

 

  • “Venha, veja, deixa, beija, seja o que Deus quiser”

Outra questão que merece atenção especial no Carnaval está ligada aos beijos e relações sexuais.

Se você tem essa intenção, não se esqueça de levar a camisinha. Todo mundo conhece os motivos, mas não custa reforçar que:

  • as doenças sexualmente transmissíveis nem sempre apresentam sintomas e você nunca sabe se o seu parceiro está contaminado;

 

  • esse cuidado também previne contra gravidez indesejada;

 

  • os preservativos devem estar no prazo de validade, ter a certificação do Inmetro e, se foram comprados há mais tempo, estar em bom estado de conservação (precisam ser guardados em local seco e fresco).

Além disso, existe também a doença do beijo, a mononucleose. Bem próxima da herpes, ela é infecciosa e transmitida pela saliva. Os sinais aparecem um mês e meio depois e envolvem dores no corpo, cansaço, dores de garganta e febre.

 

  • “Amélia não tinha a menor vaidade”

Muita gente que nem usa maquiagem no dia a dia faz isso no Carnaval.

Ou seja, acaba pegando emprestadas as de outras pessoas, o que não é recomendável.

Produtos como rímel, lápis de olho, sombras e batons, por exemplo, não devem ser compartilhados. Eles podem provocar conjuntivite, herpes e outras doenças.

Glitter na região dos olhos merece grande cuidado. Caso ele atinja sua visão, não coce e lave imediatamente a área, de preferência com soro fisiológico.

Por fim, é fundamental que você veja a procedência e os prazos de validade de tudo que vai passar na sua pele para evitar alergias ou irritações.

 

  • “O sol estava quente e queimou a minha cara”

Cuidados com o sol também estão no nosso artigo de dezembro, mas não custa repetir por aqui.

Se você vai sair num bloco durante o dia, não se esqueça de bonés, chapéus, óculos com filtro e protetor solar.

Fique também de olho nos sintomas de insolação, sendo: excesso de suor, náuseas, dor de cabeça, tontura, confusão mental e convulsões.

Se acontecer isso (mais comum em crianças e idosos), é importante que a pessoa seja levada para um ambiente mais fresco – de preferência com ar condicionado. Se possível que fique deitada, com as roupas afrouxadas, beba líquido. E seja consultada por um médico o quanto antes.

 

  • “Com que roupa eu vou?”

Dicas rápidas: prefira roupas leves, confortáveis e de algodão. Evite tecidos sintéticos e peças justas para não suar muito ou ter qualquer irritação de pele.

Como complemento, sapatos baixos, como tênis e rasteirinhas. Não ande descalço.

 

  • “Já chegou a vacinação! Xô, Covid! Na minha casa tu não entra não! 

Sobre as contaminações, comentamos também no artigo passado, mas vale essa dose de reforço e atualização.

Uma nova variante do coronavírus, a XBB.1.5, chegou ao país e é a mais transmissível já detectada por aqui. Não se descuide da vacina (a Organização Mundial de Saúde, OMS, recomenda 3 doses para a maior parte das pessoas), use máscara e gel, evite grandes aglomerações.

 

  • “O tempo passa e eu vou me acabando”

Diga realmente não às drogas ilícitas. Elas podem acabar não só com os dias de folia, mas também com tudo que você quer e sonha.

Entre os sintomas, elas costumam alterar sua percepção da realidade, aumentar seu estado de alerta e diminuir sua concentração. E acabam levando a quadros de brigas, desmaios, confusões e acidentes, entre outros.

 

  • “De confete e serpentina minha mente se fez menina”

A gente concorda que Carnaval pede kits com acessórios para animar a festa, mas é preciso muita cautela.

Em relação aos confetes e serpentinas, prefira os de papel. Os metalizados podem ser perigosos (e gerar curto-circuito) quando entram em contato com a rede elétrica.

 

Já espumas e neves artificiais não devem ser inaladas, ingeridas, expostas a temperaturas maiores do que 50 °C ou entrar em contato com olhos e mucosas.

Em qualquer situação acima, procure um médico.

 

E já que falamos em procurar um médico

Para finalizar, ande com a sua carteirinha do plano de saúde sempre junto com um documento de identificação (claro, se não tiver a versão digital e estiver sem o celular).

Em caso de enjoo, vômito ou diarreia, corra para a nossa emergência. Podem ser sinais de doenças transmitidas por alimentos e precisam de atendimento urgente.

Elas podem chegar a provocar inclusive infecções bacterianas, que demandam o uso de antibióticos ou até uma internação.

E não custa acrescentar: a Clínica Galdino Campos é a única especializada no atendimento e no cuidado com a saúde dos turistas que chegam ao Rio. Contamos com uma equipe multidisciplinar que adota uma visão global para cada paciente.

Aproveite para compartilhar essas dicas com seus amigos que não perdem o Carnaval por nada e, claro, boa diversão para todos!