Cinco coisas que você provavelmente não sabia sobre o HIV

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O HIV é uma sigla que significa, em inglês, Vírus da Imunodeficiência Humana, e é conhecido por ser o causador da AIDS, doença responsável por debilitar o sistema imunológico do paciente, abrindo portas para doenças oportunistas que, sem o devido acompanhamento, podem evoluir para óbito. 

Na década de 1980, com o descobrimento da infecção, associada a casos de um tipo de câncer e a rápida disseminação do vírus entre diversos grupos da sociedade, houve intensos estudos a respeito do vírus e seu comportamento no corpo humano; a partir daí, medicamentos foram desenvolvidos para conter a infecção e o uso de métodos para impedir a disseminação se tornou fundamental. 

Como o HIV e a AIDS são cercadas de paradigmas e preconceitos, respondemos às principais dúvidas dos nossos pacientes e leitores sobre a infecção. Confira:

1- O HIV é transmitido pelo toque ou beijo?
Não. O vírus não pode ser transmitido pela saliva, nem pelo suor. O único meio de transmissão do vírus é através de microfissuras, que podem ocorrer por meio de ferimentos (incluindo lesões na boca), uso de agulhas, objetos cortantes, parto, amamentação e relações íntimas desprotegidas.

2- Quanto tempo depois da contaminação surgem os primeiros sintomas?
Os primeiros sintomas surgem de cinco a sete anos depois da contaminação. Neste período o corpo já está produzindo anticorpos e o vírus já está se reproduzindo a partir das células de defesa do paciente. Quando a carga viral aumenta significativamente, as células de defesa começam a apresentar um déficit, transparecendo os sintomas da AIDS.

3- Há algum meio de prevenir a contaminação?
Sim. Atualmente, o Sistema Único de Saúde já disponibiliza dois métodos que previnem o contágio do vírus. Os preservativos ou camisinhas são o método mais comum, sendo extremamente eficientes na prevenção da doença. O segundo método é conhecido como PrEP (Profilaxia Pré-exposição) e representa um avanço considerável na prevenção da AIDS, funcionando como uma vacina que impede que o vírus se ligue às células de defesa, imunizando o paciente. Contudo, este método ainda é restrito para grupos de risco – como parceiros de soropositivos, homossexuais, profissionais do sexo. tornando os preservativos o principal mecanismo de proteção contra o HIV. O Ministério da Saúde afirma, também, que a PrEP não previne contra outras infecções, como sífilis, sendo fundamental associá-lo ao uso do preservativo.

4- Qual é o tratamento para AIDS?
O HIV compromete as células de defesa do corpo, evoluindo para a AIDS. O tratamento para impedir que a doença se desenvolva é feito com o uso de antirretrovirais, medicamentos que, se tomados todos os dias, reduzem a quantidade de vírus no corpo do portador, devolvendo a qualidade de vida e reduzindo para menos de 1% a chance de transmissão do vírus – o que não dispensa o uso de camisinha. O paciente soropositivo também é acompanhado com exames periódicos para avaliar a condição dos rins, fígado e sistema imunológico.

5- Quer dizer que quem faz o tratamento corretamente não transmite o vírus?
Muitas pessoas ficam surpresas por saberem que um soropositivo em tratamento não transmite o HIV. Acontece que, ao tomar os medicamentos corretamente, o paciente apresenta uma carga viral muito baixa, que derruba a chance de transmitir a infecção para menos de 1%; esse dado, somado ao uso de camisinha e PrEP pelo parceiro , faz com que a possibilidade de transmissão seja praticamente descartada.

Síndrome de Burnout: o excesso e a exaustão da vida moderna

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Você acorda todos os dias com tempo contado para o café da manhã, enfrenta o transporte público lotado ou engarrafamentos intermináveis; o estresse do deslocamento se soma ao impacto do trabalho e os problemas corriqueiros passam a ter um peso muito maior do que o necessário em sua rotina. O resultado de todo esse processo é a chamada Síndrome de Burnout, que vem atingindo cada vez mais pessoas em todo o mundo. Confira abaixo as respostas para as principais dúvidas dos nossos leitores sobre a síndrome, que foi recentemente incluída na Classificação Internacional de Doenças da Organização Mundial da Saúde (OMS), e definida como “estresse crônico”.

1- A síndrome pode atingir qualquer pessoa?
Sim, qualquer pessoa pode desenvolver Burnout, contudo, a síndrome só é assim classificada porque representa relação direta com o ambiente profissional ou educacional; isso é fundamental para o diagnóstico.

2- Quais são os principais sintomas da síndrome?
O principal sintoma é a exaustão e rejeição ao trabalho e escola em níveis incapacitantes. É comum que nos sintamos eventualmente cansados e não tenhamos vontade de executar as tarefas profissionais ou escolares, mas quando isso se torna prolongado e afeta essas atividades, pode ser Burnout. Outros sintomas são irritabilidade, depressão, ansiedade, alteração no sono, cansaço excessivo, desânimo e apatia.

3- Qual é o profissional indicado para tratar a síndrome?
O diagnóstico da Síndrome de Burnout pode ser realizado por dois profissionais de saúde mental: psiquiatra ou psicólogo. Ambos têm competência para distinguir os sintomas e, a partir do contexto de vida do paciente, realizar o diagnóstico do problema.

4- Como é realizado o tratamento?
O tratamento consiste, principalmente, em psicoterapia e, em alguns casos, é necessário associar medicamentos – que só podem ser prescritos por psiquiatras – para obter sucesso. O tempo de tratamento varia de acordo com o tempo resposta de cada indivíduo.

5- Como prevenir a síndrome?
A prevenção da síndrome exige engajamento em diversas áreas da vida do paciente. São sugeridas mudanças na rotina e horários, assim como a inserção de atividades coletivas e uma melhor gestão do tempo. Exercícios físicos regulares, associados a uma melhora no sono, além da redução no consumo de estimulantes, como café e chás ricos em cafeína.