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Setembro Amarelo: cuidado com a saúde mental

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O mês de Setembro é dedicado à conscientização sobre a saúde mental e à preveção ao suicídio. Acompanhe este artigo da Clínica Galdino Campos, para saber um pouco mais.

O que é o movimento Setembro Amarelo?

O Setembro Amarelo é uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio. No Brasil, foi criado em 2015 pelo CVV (Centro de Valorização da Vida), CFM (Conselho Federal de Medicina) e ABP (Associação Brasileira de Psiquiatria), com a proposta de associar à cor ao mês que marca o Dia Mundial de Prevenção do Suicídio (10 de setembro).

A ideia é pintar, iluminar e estampar o amarelo nas mais diversas resoluções, garantindo mais visibilidade à causa. 

A importância da saúde mental para o bem-estar

A Organização Mundial de Saúde (OMS) aponta que o conceito de saúde é bem mais abrangente que a simples ausência de doença: é um completo estado de bem-estar físico, mental e social e, dessa forma, merece atenção em todas as suas vertentes.

Assim como a física, a saúde mental é uma parte integrante e complementar à manutenção das funções orgânicas. Nesse contexto, a promoção da saúde mental é essencial para que o indivíduo tenha a capacidade necessária de executar suas habilidades pessoais e profissionais.

Sumariamente, o bom estado mental confere ao homem o amplo exercício de seus direitos sociais e de cidadania. Assegura ainda as condições de interação social para uma convivência familiar mais harmônica e segura.

Desse modo, entender a importância da estabilidade mental e sua intensa relação com o bem-estar é fundamental. Possibilita, assim, a compreensão da importância de utilizar a capacidade individual para a percepção de valores e virtudes inerentes à construção da coletividade.

Prevenção ao suicídio

As razões podem ser bem diferentes, porém muito mais gente do que se imagina já pensou em suicídio. Segundo estudo realizado pela Unicamp, 17% dos brasileiros, em algum momento, pensaram seriamente em dar um fim à própria vida e, desses, 4,8% chegaram a elaborar um plano para isso. Em muitos casos, é possível evitar que esses pensamentos suicidas se tornem realidade.

A primeira medida preventiva é a educação. Durante muito tempo, falar sobre suicídio foi um tabu, havia medo de se falar sobre o assunto. De uns tempos para cá, especialmente com o sucesso da campanha Setembro Amarelo, esta barreira foi derrubada e informações ligadas ao tema passaram a ser compartilhadas, possibilitando que as pessoas possam ter acesso a recursos de prevenção. Saber quais as principais causas e as formas de ajudar pode ser o primeiro passo para reduzir as taxas de suicídio no Brasil, onde atualmente 32 pessoas por dia tiram a própria vida. Surge então um outro desafio: falar com responsabilidade, de forma adequada e alinhada ao que recomendam as autoridades de saúde, para que o objetivo de prevenção seja realmente eficaz.

O papel das redes sociais na causa

As redes sociais podem trazer conexões com pessoas que estão longe, ser o ganha-pão de milhares de pessoas e trazer outras vantagens. No entanto, é preciso ficar atento aos malefícios que podem trazer à saúde mental.

O estudo feito pela instituição de saúde pública do Reino Unido, Royal Society for Public Health, em parceria com o Movimento de Saúde Jovem, revela que as taxas de ansiedade e depressão entre jovens de 14 a 24 anos aumentaram 70% nos últimos 25 anos. Ao todo, 1.479 participantes das pesquisas falaram sobre o nível de envolvimento com aplicativos como Youtube, Twitter, Instagram e Snapchat e como eles influenciavam em seus sentimentos.

O resultado indicou que o compartilhamento de fotos pelo Instagram impacta negativamente no sono, na autoimagem e aumenta o medo de jovens de ficar fora dos acontecimentos. Cerca de 70% dos jovens revelaram que o aplicativo fez com que eles se sentissem pior em relação à própria autoimagem e, quando a fatia analisada são as meninas, esse número sobe para 90%.

Além de se comparar com imagens de vidas perfeitas, as pessoas também se perdem na missão de criar uma vida perfeita nas redes sociais. Essa pressão aumenta a ansiedade, o sentimento de inadequação e não permite que as pessoas processem seus próprios sentimentos.